Quando o assunto é memória sabemos que há um declínio natural com o passar dos anos. Isso ocorre porque acontecem diversas alterações neuronais relacionadas ao avanço da idade. Entretanto, é cada vez mais frequente pessoas jovens relatarem falta de memória.
Alguns estudos mostram que determinados nutrientes e compostos bioativos podem contribuir para a diminuição dos efeitos nocivos a que estamos expostos diariamente, melhorando a saúde cerebral. Com relação às carências nutricionais, é importante destacar que desde a infância a ingestão adequada de nutrientes interfere na saúde cognitiva. Os bebês quando são amamentados com leite materno recebem nutrientes fundamentais para o desenvolvimento cerebral.
Estudos comprovam que bebês amamentados com leite materno possuem desempenho neuronal superior aos amamentados com fórmulas lácteas. Um dos fatores associados a esse beneficio é a presença de EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenoico).
Alguns neurotransmissores que em condições normais estão relacionados à melhoria da memória também favorecem a sua redução em caso de estresse pois tudo vai depender da quantidade em que são liberados. A ação negativa ocorre quando o estresse se torna crônico, pois algumas substâncias, como os glicocorticoides, quando liberados em doses altas se tornam prejudiciais.
A privação do sono diminui a memória especialmente porque uma noite bem dormida favorece a produção da melatonina, que possui ação protetora neuronal principalmente por desempenhar papel antioxidante, diminuindo os efeitos do estresse oxidativo no cérebro.
Dietas com excesso de gordura tem impacto negativo sobre o cérebro, especialmente as do tipo trans e saturadas. O exagero no consumo de açúcares e de carboidratos de alto índice e carga glicêmica também afetam a saúde neuronal.
Outros fatores importantes que impactam a saúde neuronal são excesso ou deficiência da vitamina A, D e do complexo B e zinco, consumo excessivo de cafeína e álcool, aumento da homocisteína, desequilíbrio da função tireoidiana e outros desequilíbrios hormonais, consumo frequente de alimentos com agrotóxicos e aditivos alimentares.
Um nutriente bem interessante para a memória é a colina, vitamina do complexo B. Essa vitamina compõe neurotransmissores, como acetilcolina, responsável pela transmissão de impulsos nervosos. Além disso, é importante para a formação de novas células nervosas e na reparação de células lesadas.
A vitamina D também vem sendo muito estudada para o bom funcionamento cerebral. A mesma é considerada um pró-hormônio e apresenta muitas funções no organismo, entre elas proteger o cérebro contra a degeneração neuronal. Os alimentos ricos em antioxidantes, como flavonoides e carotenoides, a vitamina E e o selênio, apresentam papel protetor dos neurônios, impedindo possíveis lesões no cérebro e combatendo o envelhecimento celular.
Link:Matéria publicada pelo site Viver Bem

Nenhum comentário:
Postar um comentário